segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Passeata em São Paulo

A passeata em São Paulo ocorrerá no dia 06 de dezembro (domingo), às 15h00, na Av. Paulista.
O ponto de encontro é o Center 3, e caminharemos até o início da Paulista (próximo ao Shopping Paulista).

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O papel do Movimento pela Consciência Vegetariana

Para entender o Movimento pela Consciência Vegetariana é necessário entender o Movimento Vegetariano como um todo.
O vegetarianismo tem diversas vertentes e motivações. Podem ser: religiosas/espirituais, de saúde, por paladar, ambientais, pelos direitos animais, sociais, emocionais, entre outras. Aliás, o vegetarianismo é adotado, muitas vezes, por uma combinação de razões.
No entanto, é possível dividir estas diversas razões em dois grupos: As que beneficiam ou agradam ao indivíduo primariamente e as que consideram o contexto mais amplo do indivíduo, as que consideram 'o outro', outras espécies inclusas, nesta equação. Assim, pode-se classificar os motivos para adoção do estilo de vida vegetariano em motivações pessoais e motivações éticas.
Nesta segunda condição, o vegetarianismo deixa de ser apenas uma opção pessoal e passa a ser uma opção de consciência.
Neste caso, impõe-se ao indivíduo que fez esta opção de consciência que, não apenas negue-se a participar ativamente do processo que condena, mas que trabalhe para divulgar sua perspectiva sobre a questão. Não há como, em pleno exercício da consciência, se omitir.
É a esta militância ativa em prol do vegetarianismo que passo a tratar por movimento vegetariano.
O movimento vegetariano se manifesta em três pilares:
O primeiro pilar é o da edução sobre o vegetarianismo em sí. Suas vantagens para o indivíduo e para o contexto coletivo em que este se insere. As causas e consequências da manutenção de um sistema que desconsidera o direito animal, bem como o impacto sócio-ambiental da alimentação e consumo de produtos gerados a partir da exploração animal. Este papel já vem sendo desempenhado desde o início por diversas importantes organizações.
O segundo pilar é o da militância em defesa dos direitos dos atingidos direta e indiretamente pela manutenção do sistema cultural vigente e pela preservação do meio-ambiente. Neste contexto se destaca a heróica luta pelos direitos animais, pelo anti-especismo, das diversas organizações que atuam nesta frente. Contudo, não devemos nos esquecer dos grupos que apoiam medidas de caráter social e/ou ambiental, que percebem no vegetarianismo parte da solução para estes problemas.
O terceiro pilar é o da militância pelo direito daquele que exerce esta opção de consciência, e que, por ferir um conjunto de interesses já estabelecidos, são, quando não ignorados, atacados ou oprimidos, por vezes de forma agressiva ou violenta.
Uma opção de consciência não é algo que a pessoa pode 'ligar' e 'desligar' quando convém. Violar esta opção é um violação íntima, com toda a violência implícita neste ato, e impor a alguém que viole sua opção de consciência é impor que este alguém negue sua própria humanidade.
O papel do Movimento pela Consciência Vegetariana é exatamente promover a garantia da inviolabilidade da opção de consciência do vegetariano, pela militância contra o preconceito e a discriminação dos vegetarianos, seja de forma ativa, seja pela desconsideração passiva deste cidadão/cidadã que exerce sua opção de consciência.

E como pretendemos alcançar estes objetivos?
Através de ações políticas, porém apartidárias, tais como:
Passeata anual em múltiplas localidades;
Divulgação da causa diretamente, pela internet, e através da imprensa;
Condução e/ou apoio a pleitos políticos para os nossos governantes dos três poderes.

Pretendemos comunicar, através destas ações, que somos um grupo numeroso e que sabemos fazer valer o nosso direito.
Pretendemos (como os demais ativistas vegetarianos) incluir esta questão, de natureza ética, no conjunto dos valores que formam o alicerce cultural de nossa nação e de nosso planeta.